domingo, 15 de maio de 2011

"Ah, tipo, Coraçãozinho, Ésse Dois, Ésse Dois"

Às vezes a rosa é branca e a gente fica tentando pintá-la de vermelho.
Nunca dá certo.


O Dois, o Cinco e o Sete tentaram isso e perderam a cabeça.
Literalmente.


A Rainha de Copas mandava cortar a cabeça de qualquer um, por besteira.

E eu fico aqui imaginando o porquê dela querer tantas cabeças?
Eu acho que ela sentia falta de uma cabeça pra ela,
talvez pra conseguir dominar um pouco seus sentimentos que estavam sempre a flor da pele,
(e a flor da pele era uma rosa, que tinha que ser vermelha,
ela tinha, porque tinha, que ser VERMELHA!)

e se plantassem uma branca no lugar... Off with the heads!

É Rainha, às vezes, rosas brancas é tudo que temos pra hoje.

Você pode cortar quantas cabeças quiser,
as rosas brancas vão continuar brancas.

Mesmo sendo a Rainha do Desejo,
o desejo por si só, às vezes, não muda nada.

Um Camelo, num deserto, me disse assim:
"toda dor repousa na vontade
todo amor encontra sempre a solidão"

Isso parece melancólico demais,
deixa pra lá essa parte do amor.
Acho que a mensagem é:
Se você quer flores vermelhas, plante-as você e tenha paciência.
Talvez elas nasçam, talvez não.

E todo desejo, seja ele saudável ou não,
vem de uma falta, uma vontade.

(de vida; ou de morte)

vidamorte





Eu sei, destruir às vezes parece o único jeito de começar de novo.

Destrua as coisas certas.
Certas escolhas são irreversíveis,
como sangue jorrado que nunca volta para as artérias.

Me lembrei do espantalho de Oz, que preferia um cérebro.

"Ainda assim — comentou o Espantalho — quero é um cérebro.
Um bobo não saberia o que fazer com o coração, mesmo que tivesse um."

Sabe o que um bobo sem cérebro faz com um coração?













É...

Às vezes eu acho que escrevo muito, devia ficar apenas nos desenhos.