domingo, 9 de outubro de 2011

Por favor... Desenha-me um carneiro?




Ele me pediu. Uns dias atrás ele, o pequeno, me apareceu e me fez um pedido: "Por favor... Desenha-me um carneiro?" Não dá pra recusar um pedido tão sincero e bonito como esse. Ainda mais vindo de um príncipe, tão pequeno e tão bonito. Eu disse: "Desenho sim, me dá uns dias que eu desenho. Já faz um tempo que estou querendo voltar a desenhar, sabe pequeno... Eu gosto e me faz bem, e atender esse seu pedido vai deixar a ti e a mim, ambos felizes. Prometo que farei o mais bonito dos carneiros para ti." Eu disse e cumpri. Esse é o mais bonito dos carneiros. E é seu. Pois é, olhei pro céu agora há pouco e pensei, sabe, eu nunca sei se o carneiro comeu a rosa do princepezinho, eu olho pro céu e não sei o que pensar. Se rio ou se choro. Eu ia falar da Rosa dele aqui também, mas acho que hoje não é dia de falar de Rosa, nem de Raposa. Porque a frase da Raposa: "Tu te torna eternamente responsável por aquilo que cativas", é uma frase perigosa. Perigosa de se acreditar e perigosa de não se acreditar. Porque o afeto é perigoso e as rosas também. Você não vai me entender muito bem hoje, e é assim que eu quero. Porque eu não estou aqui pra que você me entenda, eu estou aqui para presentear um príncipezinho com meu desenho, que é de coração. Como é tudo que eu desenho. Eu sou responsável por aquilo que eu desenho, nisso você pode acreditar, sem dúvidas, e eu também. Olha pro céu agora, ele está lá em algum lugar, com ou sem rosa (quem sabe?), mas com certeza está feliz porque ganhou o carneiro mais bonito do mundo, de todos os mundos. E isso hoje me fez sorrir.