Ele me pediu.
Uns dias atrás ele, o pequeno, me apareceu e me fez um pedido:
"Por favor... Desenha-me um carneiro?"
Não dá pra recusar um pedido tão sincero e bonito como esse.
Ainda mais vindo de um príncipe, tão pequeno e tão bonito.
Eu disse: "Desenho sim, me dá uns dias que eu desenho. Já faz um tempo que estou querendo voltar a desenhar, sabe pequeno... Eu gosto e me faz bem, e atender esse seu pedido vai deixar a ti e a mim, ambos felizes. Prometo que farei o mais bonito dos carneiros para ti."
Eu disse e cumpri. Esse é o mais bonito dos carneiros. E é seu.
Pois é, olhei pro céu agora há pouco e pensei, sabe, eu nunca sei se o carneiro comeu a rosa do princepezinho, eu olho pro céu e não sei o que pensar. Se rio ou se choro.
Eu ia falar da Rosa dele aqui também, mas acho que hoje não é dia de falar de Rosa, nem de Raposa.
Porque a frase da Raposa:
"Tu te torna eternamente responsável por aquilo que cativas", é uma frase perigosa.
Perigosa de se acreditar e perigosa de não se acreditar.
Porque o afeto é perigoso e as rosas também.
Você não vai me entender muito bem hoje, e é assim que eu quero.
Porque eu não estou aqui pra que você me entenda,
eu estou aqui para presentear um príncipezinho com meu desenho, que é de coração.
Como é tudo que eu desenho.
Eu sou responsável por aquilo que eu desenho, nisso você pode acreditar,
sem dúvidas, e eu também.
Olha pro céu agora, ele está lá em algum lugar, com ou sem rosa (quem sabe?), mas com certeza está feliz porque ganhou o carneiro mais bonito do mundo, de todos os mundos.
E isso hoje me fez sorrir.
domingo, 9 de outubro de 2011
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