quarta-feira, 6 de março de 2013

De sicronicidades, amores em flor e Hushpuppy


no começo vai parecer ruim, mas lê até o final, se quiser, ouvindo isso:
http://soundcloud.com/urbe/mahmundi-silva-balada-do-amor

Tem horas que a vida fica muito, muito, muito, muito difícil mesmo.
Mais do que ela já tinha ficado.
Mais do que você achou que ela ficaria.
E aí você vê que mesmo coroado rei dos monstros, surgem outras criaturas pra você enfrentar.
E o trabalho não termina nunca.
Só muda o nome, monstros, bestas, animais...
De novo, eles podem estar fora ou dentro da gente
De novo eles dão medo.






E a gente vai buscar forças nos lugares que a gente sabe que consegue.
Cada um tem seu pais das Maravilhas, o seu oásis, o lugar mais bonito do mundo.
E o meu é feito de chita, retalhos, amoras em flor e é infestado de alegria e de paixão.

E lá a gente vira super-herói e nada pode destruir a gente
E luta ao lado dos amigos contra a tristeza, cai e pira e levanta, vive de fantasia e dá adeus à solidão



E num lugar bom assim, coisas boas acontecem
Coisas realmente muito boas

Os bons encontros, os novos amigos que parecem ser muito antigos,


novos super-heróis,

Quando você entrega seu coração pra uma cidade como São Luiz do Paraitinga,
ela te retribui, na mesma intensidade, de peito aberto,
e enche o seu coração de cor, música, dança, amigos, festa e amor(a) em flor.

(mais que uma cidade, SLP é sincronicidade, e mais pra frente eu falo mais sobre isso)

Então você se sente forte pra voltar,
(porque ninguém pode ficar no pais das Maravilhas pra sempre,
sem enlouquecer demais ou perder-se de si mesmo.)

E você se sente forte, pra enfrentar o que for,
não que o medo tenha passado,

a questão nunca é o medo, mas o que você faz com ele (ou não deixa ele fazer com você)

Agora eu vou ter que pedir que você assista "Beasts of Southern Wild", pra você poder entender o que eu escrevo aqui, vão te dizer que esse filme é muita coisa, mas no fundo é um filme sobre uma garotinha que tentava ouvir o coração das coisas, literalmente também.



E tinham monstros, bestas, atrás dela e das coisas que ela amava.

E onde ela morava foi inundado, e aí você lembra que São Luiz do Paraitinga também também foi e que
"Paraitinga" em Tupi, significa "água branca do mar" e que, pra se livrar de um afogamento ou de uma inundação é preciso desaguar.

E eu não vou falar mais nada, porque a partir daí, você tem que tentar ouvir o coração do filme.

O engraçado é que, às vezes, quando você tenta ouvir o coração de uma coisa, você não consegue direito porque ele está batendo ao mesmo que o seu, e aí você acha que é o seu,
isso é sincronicidade.

É como você combinar de viajar com mais dois amigos e você marcarem de se encontrar na rodoviária e cada um vir de um canto da cidade e ficarem se falando por mensagem no celular quando vocês percebem que todos pegaram o mesmo metro, só estão em vagões diferentes, e aí na próxima estação vocês descem, correm todos pro mesmo vagão, se encontram e começam a rir e as pessoas em volta também, e todos tem aquela sensação de que isso só acontece uma vez na vida, e ninguém vai acreditar quando você contar...
Bom, aconteceu comigo, e você acredita se você quiser.

Foi assim com o filme, foi assim com são luiz, foi assim com quem eu conheci por lá

Está sendo assim agora, pensar "where have you been" e tocar

Vontade gêmea, feel like paradise, diamonds in the sky e tantas músicas boas

E quando você tem isso dentro de você e consegue ouvir o seu coração batendo, consegue ouvir o coração do outro batendo, você consegue olhar pras bestas que estão atrás você, e que querem te devorar, consegue olhar bem no fundo dos olhos delas,



 enfrentando o medo e dizer:

"I´m the man!"

I gotta take care of mine.”


E elas vão embora.
E você vai,
cuidar de você e do que é seu.


"

3 comentários:

Mariana Fioravanti disse...

Amável, adorável e apaixonante.
Primeiras palavras q pensei dps q li o post ;)
A gte às vezes esquece de ser poeta na vida - pq um dia te disseram q isso não caía no vestibular.

Reds disse...

Obrigado Fiorinha, nao cai no vestibular, mas ajuda na vida conseguir achar ou criar poesia das coisas que acontecem, acho que é questão de sobrevivência, pra mim.

Aline disse...

Apaixonada, você me deixou... :D
muito amor, Rena...

obrigada.