sexta-feira, 17 de julho de 2009

De Morangos




"Let me take you down
cause I'm going to strawberry fields"
Há dias essa música na cabeça e o desenho na ponta do lápis esperando para arranhar o papel.
E hoje foi dia de morangos, apesar de eu não ter pedido aquele cheesecake do America que coçou a lingua e deu água na boca.
E além dos Besouros, lembrei de outro artista que falou de morangos,
(mas os deles eram mofados),
Caio Fernando Abreu,
eu não li o livro inteiro, um dia eu leio,
hoje não, você era parecido com ela, a Clara Lis no Peito.
Ela que também falou deles: "Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos"
Mesmo longe ela me encontra, mesmo quando eu fujo dela ou a escondo na prateleira.
Sabe o que é Clarice, é que estou com medo, estou com muito medo da hora chegar, da hora da estrela.
Eu lembro das partes mesmo não querendo lembrar ("quem sabe se ela não estava precisando de morrer? porque as vezes a gente está precisando de uma mortesinha e nem mesmo sabe.")
Não. Hoje não pra você também.

-suspiro-

"Quem me lê assim que leve um soco no estômago.
A vida é um soco no estômago"
...
"It's getting hard to be someone "
...

E os outros já falaram tanto deles (morangos) que eu não tenho mais o que dizer.
a não ser:
a.mor.a.ngos
E hoje eu assino também com o nome inteiro (ou o que me interessa dele).
Apesar dos Morangos serem vermelhos.
"Living is easy with eyes closed "
Ai, um pouco antes de postar aqui, ouvindo musica achei esse texto de outro cara que também faz parte dessa minha turma, os morangos também estão ai para quem enxergar:
"O amor é o ridículo da vida.
A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo.
A vida veio e me levou com ela.
Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue,
bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas.
Morrer não doi."
Cazuza


5 comentários:

andre miolo disse...

Bom ver mudanças, mesmo que as mesmas nos façam relembrar fatos e/ou ainda nos façam temer o porvir, mas disso é feito o tempo, a passagem nessa ordem que contempla as convivências. Quando li Caio, e era deveras apaixonado por Clarice e a terceira perna que de alguma maneira punha meus afetos no eixo, descobri que ele, parecendo um que mais cítrico/amargo, era mais real e próximo que ela, e que ela era por demais pesada, um tanto quanto triste, talvez se vivesse nos tempos do agora uma fluoxetina a ajudasse um tanto na vida. Ele Caio, por sua vez era de uma acidez deveras lúcida, parecia um apadrinhado da escrita lispectoriana, mas pulsava diferente com palavras parecidas. Bom ver vc, assinando o nome inteiro, em morangos digitalizados sem abreviações.Gde abraço e força, muita força para os dias de colheita, para os dias de espera, para os dias de chuva, os dias de apreciação dos vários sabores que compõem as contemplações.
andré

Anônimo disse...

sei...

=D

Audrey Carvalho Pinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Audrey Carvalho Pinto disse...

legal teu blog =]

Carla Francine disse...

campos de morangos pra sempre